Catch Me - 29º capítulo - Mistake

 

Acho que você cometeu o seu maior erro. Eu não vou chamar isso de um tempo. Acho que você realmente estragou tudo dessa vez. Acho que você pode andar em cima de uma linha fina. Não vou atender nenhuma daquelas ligações à meia-noite. Ignoro as pedras que você está jogando na minha janela. Eu vejo escrito em seu rosto. Você sabe que você cometeu seu maior erro. Por que você olha para mim, cuspindo a mesma velha mentira? Tentando trazer de volta, mas não vai me fazer mudar de ideia. Você não entende que a história acabou? Continue chamando o meu nome na porta da minha casa; Vou apertar o interruptor, veja as luzes se apagarem. Eu espero que você pense. Espero que você sofra - Mistake (Demi Lovato)

Justin batia na porta do quarto de Katherine, repetitivamente, já que ela havia se trancado lá dentro.

Katherine desejava ficar ali dentro para todo o sempre, se possível. Ela se sentia um nada.

As lágrimas dela haviam cessado um pouco - já estava ali a meia hora -, mas, seu rosto ainda estava molhado.

Justin cansou de bater na porta, então sentou ali, no chão mesmo, com as costas encostadas na porta, e desejou...

Desejou que pudesse apagar o que fez.

Desejou que pudesse desfazer tudo...

Desejou que Katherine aceitasse suas desculpas.

O garoto tomou um pequeno susto quando a porta atrás dele se abriu e ele quase caiu para trás. Mas, logo levantou-se e segurou a porta que a menina já tentava fechar.

Justin: Katherine, me escuta – suplicou, com a voz fraca, enquanto segurava com força a porta, impedindo Katherine de fechar a mesma.

Kath: Te escutar? – falou, e instantaneamente, seus olhos voltaram a derramar lágrimas. - Eu não posso nem olhar pra você agora.

Justin: Por favor.

A menina soltou a porta e saiu de dentro do quarto. Limpando as lágrimas nas mangas do moletom, ela sentou-se no sofá, e olhou com relutância para Justin.

Kath: Vai, explica. Você bebeu, bebeu muito e fez besteira. Eu te conheço e sei que sempre faz besteira quando bebe. Mas, você também conhece a si mesmo. Então, por que mesmo assim o fez? – falou, olhando para um ponto qualquer na parede da sala.

Justin: Por que... Eu... eu não sei – e ele realmente não sabia. Sabia que era por ele ser um idiota, mas não era essa resposta que ela queria, ele sabia.

Kath: Que pena, não é? – balbucio, ainda encarando a parede.

Justin: Katherine – sentou ao lado dela no sofá -, você tem que me perdoar. Eu fiz uma burrice, mas eu te amo, eu...- ela não deixou que ele terminasse.

Kath: Vai embora – ela disse, finalmente olhando para o rosto dele.

Justin: Não – falou, com o tom de voz angustiado. – Eu não vou desistir de você. Eu não posso. Eu te amo, Kath.

E ele amava. Amava muito. E precisava dela. Precisava ouvir sua voz angelical. Precisava de seu corpo junto ao dele, de seus corações batendo juntos. Precisava de todas as sensações que só sentia perto dela. Precisava, seriamente, de seu sorriso, e seus olhos. Precisava de cada pedacinho dela.

Kath: Então fique aqui. Eu não ficarei - falou, já pronta para levantar-se do sofá, e sair dali o mias rápido possível. Mas, quando ela levantou-se, Justin se apressou em segurar seu braço e sussurrar um “fica”. – Não, por que eu deveria ficar?

Justin: Não devia, tem razão. – abaixou a cabeça. - Mas não sei se aguentaria te ver saindo daqui.

Kath: Aguentou acabar comigo, por que não aguentaria me ver indo embora? – indagou, curiosa. Queria uma resposta para aquilo, e esperou que Justin a respondesse.

Justin: Não, eu não aguento estar acabando com você. E é por isso que eu estou morrendo por dentro agora. È por isso que eu estou chorando como um idiota. Por isso e por que eu não aguento também a ideia de perder você – foi totalmente sincero com a resposta, e Katherine por um momento esqueceu-se de tudo.

Sentou-se de novo no sofá, e ficou o olhando sem expressão por um tempo.

Foi quando ele se aproximou e beijou os lábios da garota, e então ela acordou para a realidade.

Kath: Não – gritou, afastando-se dele e levantando-se do sofá, caminhando pela sala e parando atrás da mesinha de centro, de frente para Justin. – Não. Você não pode só me beijar e achar que está tudo bem, por que não está, tudo bem? Não está.

Justin: E por que não pode ficar? Hein, Katherine? – perguntou enquanto levantava-se e caminhava até ela, ficando em sua frente. – Era você quem dizia que devíamos lutar um pelo outro. Que devíamos lutar por nós.

Kath: Não existe mais um nós – falou, relutante. E seus olhos marejaram mais ainda quando encontraram os olhos decepcionados de Justin. – Não depois do que fez.

Justin: Isso não pode acontecer – disse, esperando que aquilo fosse uma mentira, uma grande mentira, mas não era.

Kath: Então, o que deve acontecer? – perguntou, olhando para o garoto.

Justin: Mas, eu... Eu não posso viver sem você – ele pegou o rosto da menina com as mãos. - Eu não posso viver sem olhar nos seus olhos – passou os dedos embaixo dos olhos da menina. – Eu não viver sem a sensação de você perto de mim. Eu não... não posso viver sem você. Por favor. Katherine. Me perdoa – ajoelhou-se abraçando a cintura da menina, e deixando sem reação.

Katherine também não podia viver sem ele, mas também não podia viver com a aquela traição. Mas ela o amava tanto, tanto que tinha vontade de tentar. De tentar o perdoar. Mas não era certo. Ninguém merece ser perdoado depois de uma traição.

Kath: Eu não posso – falou, deixando que as lágrimas descessem pelo seu rosto. – Eu poderia perdoar qualquer coisa, qualquer coisa. Menos isso. Eu não consigo olhar para você e não te imaginar junto daquela garota. Você me machucou, Justin, e eu sempre pensei que você fosse a única pessoa que nunca seria capaz de fazer isso. E isso muda tudo. Para sempre.

O garoto fechou os olhos com força, querendo não acreditar no que tinha ouvido. Era isso. Ele a perderia. Para sempre.

Ele levantou e olhou mais uma vez para Katherine. E então teve a sensação de ter seu coração triturado, e Katherine também.

Kath: Eu acho que você deve ir – falou, enquanto mexia nas mangas do moletom que vestia.

Justin então virou-se e caminhou até a porta, saindo do apartamento e quebrando a promessa que não queira quebrar nunca: deixar seu mundo para trás.

[...]

Katherine fechou a mala, e então deixou a última lágrima cair. Não havia falado para ninguém – além de Jade -, mas ela havia recebido uma proposta para tentar uma carreira musical em Los Angeles, depois de mandar um vídeo para um produtor musical.

Ela não pensava em ir, não mesmo.

Porque não queria deixar Justin. Mas, depois de tudo o que aconteceu, nada mais a prendia ali.

Sentou-se na cama e discou o número de Alex, a irmã do produtor musical que havia visto o vídeo dela e se interessado muito. Elas haviam se falado no dia anterior.

Alex: Alô? – ela atendeu depois de três toques.

Kath: Oi – falou com a voz fraca. – E então, quando devo ir para Los Angeles?

Alex: Você aceitou? – a mulher estava eufórica. Sabia que a garota que ela viu cantando uma música da Avril Lavigne seria um grande sucesso.

Kath: Sim – respondeu. – Mas, e então?

Alex: Oh, agora mesmo se quiser. Desembarquei agora na sua cidade. Iria tentar te convencer, já que parecia decidida a ficar.

Kath: E que horas devo estar no aeroporto? – perguntou. Estava decidida mesmo era a sair dali o mais rápido possível.

Alex: Bom, tem um voo marcado para as 4pm. Tudo bem para você?

Kath: Tudo sim – e suspirou antes de finalizar a chamada.

[...]

Justin estava sentado no sofá, ainda tentando absorver tudo o que havia acontecido na manhã daquele dia.  Ele estava totalmente destruído.

Justin percebeu o seu celular vibrar dentro de seu bolso, e nem ao menos olhou quem era antes de atendê-lo.

Justin: Alô? – falou com o celular já no ouvido.

Jade: Justin? Olha só, a Katherine me contou o que você fez e não foi algo legal. Mas vocês foram feitos para ficar juntos, não podem se separar agora.

Justin: Eu penso assim também. Katherine não – respondeu de imediato.

Jade: Eu não devia te dizer isso, mas Kath está indo embora.

Justin: O quê? – perguntou, surpreso com a noticia.

Jade: É, ela está indo para Los Angeles – suspirou. – Ela já saiu daqui. Mas talvez você consiga alcança-la. Você não pode deixa-la ir.

Justin: Qual o número do voo?

Jade: 283, saída as 4pm.

Justin: Obrigado, eu... Estou indo lá – disse enquanto procurava as chaves do carro pela casa.

Jade: Vai – disse antes de finalizar a chamada.

Justin colocou o celular no bolso e saiu correndo de casa. Dirigiu o mais rápido que pôde e em pouco tempo estava no aeroporto.

Correu até a porta do voo que Jade tinha indicado, e se surpreendeu ao ver pelas grandes janelas de vidro, o avião decolando.

É, ela se foi.

Assim: quem tiver chorado me avisa ai embaixo, okay? 

Quero todo mundo chorando.

Sou normal, eu juro -sqn

Então, penultimo capítulo de CM. Acho que vou morrer. 

Mas sério, é meio que... gratificante para mim já estar no finalzinho, sei lá, uma sensação de dever cumprido, apesar de eu ainda não ter terminado exatamente. haha

No momento estou escrevendo a última parte do último capítulo e tipo, tem só nada na minha cabeça.

Mas, tudo bem, vou dar um jeito.

Então, é isso, girls, bye bye.